Autoimagem e Disfunção Erétil

Podemos descrever a disfunção erétil (DE) como a incapacidade persistente ou recorrente para atingir ou manter uma ereção durante a relação sexual. Esse tipo de problema pode ser originado por doenças vasculares, endócrinas, neurológicas, dentre outras, mas suas causas também podem ser de natureza psicológica e, portanto, dependente dos processos cognitivos e emocionais que são essenciais para uma ereção.

Dentre as causas psicológicas estão a percepção negativa do próprio corpo, que pode gerar um forte sentimento de vergonha e inadequação por não atender aos padrões culturais de beleza vigentes.

Esse sentimento pode gerar uma ansiedade excessiva em relação ao corpo, o que afeta os processos de excitação fisiológica, resultando em uma déficit erétil.

É muito comum nos jovens de até 30 anos, que chegam ao consultório, apresentarem a DEP por serem insatisfeitos com o corpo, e com isso, terem dificuldade de se mostrarem nus, implicando na potência sexual.

Por mais que pareça algo simples, a ereção é um fenômeno complexo que responde a uma regulação multifatorial, hormonal, psíquica, endócrina, neurogênica e vascular. Todos esses fatores atuam em sinergia no sistema vascular do tecido erétil contido no corpo cavernoso. Alterações de fatores psicológicos podem, portanto, resultar em disfunção erétil.

A autoimagem está envolvida em uma série de comportamentos não saudáveis. Por exemplo, pode influenciar as atividades físicas, impedindo a participação em academia ou exercício em um centro esportivo, devido a preocupações sobre a exibição do corpo. Tais preocupações estão frequentemente ligadas à dúvida de possuir o tipo de corpo aceito por uma cultura que promove constantemente um ideal de perfeição física.

A insatisfação com o corpo está ligada a toda a gama de comportamentos alimentares disfuncionais, como a compulsão alimentar, dietas excessivamente restritivas e vômitos auto induzidos. Além disso, essa insatisfação pode levar a cirurgias estéticas desnecessárias, colocando a saúde em risco.

Claramente, a insatisfação corporal e a preocupação com o próprio corpo estão ligadas a muitos comportamentos saudáveis, por isso são de vital importância para qualquer pessoa envolvida em intervenções de promoção da saúde.

Portanto, uma das consequências do aumento da vergonha para o corpo é a redução da excitação sexual, que nos homens resulta em disfunção erétil psicológica e demanda tratamento.

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