Distúrbios do Desejo Sexual

Estamos na presença de distúrbios do desejo sexual quando nos deparamos com expressões ou pensamentos como: “Eu não quero fazer amor” ou  “O sexo me causa nojo e repulsa”. Vamos examinar os dois eventos:

1 – “Não quero fazer amor”:

Transtorno de desejo sexual hipoativo.

A característica essencial dos distúrbios do desejo sexual hipoativo é a falta ou ausência de desejo de atividade sexual ou fantasias sexuais, anteriormente presentes. Além de outros tipos de disfunções sexuais, os distúrbios do desejo sexual causam desconforto considerável ou dificuldades interpessoais.

O DSM-IV-TR descreve o sujeito que sofre deste tipo de distúrbio como não motivado a buscar estímulos sexuais. Ele geralmente não inicia uma atividade sexual, mas pode participar, embora relutante, quando a iniciativa vem do parceiro.

O baixo desejo sexual pode ser global e estendido a todas as formas de expressão sexual ou pode ser situacional e limitado a um parceiro específico ou a uma determinada atividade sexual.

Para chegar a um diagnóstico, o clínico deve basear seu julgamento em vários elementos, incluindo as características do indivíduo, os determinantes interpessoais, as condições de vida e o contexto cultural.

Às vezes, pode ser necessário, para fins de um diagnóstico correto de distúrbios do desejo sexual, avaliar os dois parceiros, isso porque, em algumas situações, uma aparente falta de desejo para um dos dois pode refletir uma necessidade excessiva de expressão sexual por parte do outro.

Se a redução do desejo sexual se manifesta ocasionalmente, não persistente ou recorrente e não é acompanhada por desconforto significativo ou dificuldades interpessoais, não é considerado um distúrbio de desejo sexual hipoativo.

No entanto, o desenvolvimento da desordem ocorre mais frequentemente durante a idade adulta, após um período de interesse sexual adequado e geralmente associado a distúrbios psicológicos, eventos de vida estressantes ou dificuldades interpessoais.

2 – “O sexo não me interessa, ou me causa desgosto e repulsa”:

Transtorno de aversão sexual

O sujeito com transtorno de aversão sexual tipicamente exibe aversão e consequente evitação ativa do contato sexual genital com o parceiro, até o ponto de relatar ansiedade, medo ou desgosto no momento em que há oportunidade sexual.

A principal característica desse tipo de distúrbio consiste em rejeição persistente, recorrente ou episódica, mais ou menos total, de relações sexuais e demais contatos. Poderíamos considerar uma fobia da sexualidade.

A aversão pode ser focada em um aspecto particular da experiência sexual (Ex., penetração vaginal ou secreções genitais) ou mesmo se espalhar para todos os estímulos sexuais, incluindo beijos e carícias.

As reações do sujeito exposto à estimulação sexual podem variar de intensidade e se colocar em uma constante, caracterizada por ansiedade moderada com falta de prazer ou sofrimento psicológico extremo.

Se você está passando pelos sintomas citados, está mais que na hora de procurar ajuda.

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