Dependência Afetiva: a necessidade de ser amado

Todos nós precisamos nos sentir amados. No entanto, para alguns, essa necessidade pode se tornar uma obsessão, com consequências desastrosas para os relacionamentos, amizades, trabalho ou amor. Somos todos, um pouco mais, um pouco menos, dependentes emocionais. Estar ciente dessa necessidade obsessiva já é um passo em direção a relacionamentos mais equilibrados, começando um consigo mesmo.

Causas da dependência afetiva

A dependência afetiva não vem por acaso. Muitas vezes, estas são crianças que não receberam atenção suficiente, mas isso não quer dizer que faltou algo, do ponto de vista material. No entanto, elas receberam mensagens como “seja boazinha, sua mãe está cansada” ou “deixe seu pai sozinho, ele teve um dia difícil”. Resultado: a criança aprende com a passagem do tempo, a ser sempre a última das prioridades. Como criança, ela se acostuma a assumir o cansaço de sua mãe, as preocupações do seu pai ou a soneca da sua pequena irmã. Uma vez adulta, ela continua a acreditar que para ser amada, deve antes de tudo, satisfazer as necessidades dos outros, que são prioridades. Acaba também por demandar a aprovação dos outros. Resultado: depende do olhar dos outros, tendo dificuldades em prosseguir com projetos pessoais e tomar decisões sozinha, sem aprovação.

Dependência afetiva: o medo de estar sozinho

A dependência afetiva é acompanhada por uma dificuldade real em permanecer sozinho. A atenção dos outros é vital! Ir ao cinema ou comer no restaurante sozinho não é nem remotamente concebível. No cotidiano, essas pessoas vivem ao telefone, perpetuamente conectadas a várias redes sociais, para nunca perder contato com os outros.  No escritório, eles seguem excessivamente o conselho dos colegas, dando favores à direita e à esquerda. A busca perene de atenção e gratificação se esconde por trás da bondade exagerada. Sentindo imenso desconforto quando se está longe da pessoa querida.

Dependência afetiva: o medo do desacordo

Não se pode dizer não. Muitas vezes, é claro, à custa das suas necessidades. Os “funcionários afetivos” nunca levam em consideração sua opinião e sim a de seu parceiro. Pronto para qualquer coisa que seja amada, eles têm uma capacidade muito alta de adaptação. São camaleões reais! Seu lema é “como você quer”, sua existência é suspensa para os desejos dos outros. É por isso que o menor desacordo é experimentado como dramático, implicando a sensação de que você não os ama mais. No final, eles não sabem mais quem são, o que amam e o que precisam. Acabam se sujeitando a situações humilhantes e constrangedoras na esperança de manter o parceiro por perto.

O drama da dependência emocional é nunca estar satisfeito com o que é recebido. “O viciado emocional está sempre desapontado porque não recebe o amor que ele quer”. Seja qual forem os sinais de carinho que eles recebem, eles nunca são adequadamente interpretados.

Libertando-se do vício emocional

É raro que uma pessoa que se defina como um viciado emocional. Na maioria das vezes, o problema gira em torno da dificuldade de fazer amigos, manter boas relações no escritório ou nos relacionamentos afetivos. A queixa clássica é que ninguém presta ou pior, que as pessoas não amam.

Antes de qualquer passo ser dado, o mais importante é que o dependente afetivo reconheça o problema e busque ajuda. Assim como qualquer outra dependência, a dependência afetiva também precisa de acompanhamento psicológico e, principalmente, do apoio de amigos e familiares durante o tratamento. Em algumas capitais, existem grupos de apoio para quem enfrenta este problema.

Conhecer-se melhor nos permitirá fazer um inventário de nossas necessidades, permitindo-nos estar satisfeitos e amados. Às vezes, um caminho terapêutico é necessário para tomar consciência de que, afinal, a felicidade depende inteiramente de si mesmo e não das atenções que o outro nos presta.

Tratamentos para dependência afetiva

Por mais que não seja um tratamento difícil e complexo, geralmente é bem demorado, devido as oscilações que ocorrem com ele durante esse processo. É comum estar evoluindo bem, depois de meses, e quando vê, aparece um ex que desestrutura tudo.

A terapia convencionalmente utilizada é a Cognitivo Comportamental, podendo tratar por Terapia Online, mas o ideal é sempre utilizar de ferramentas que trabalhem a nível inconsciente.

Caso opte pela terapia online, o adequado mesmo é você mesclar com Reprogramação Mental, assim trabalham a nível inconsciente os episódios causadores do problema, além de crenças limitantes e outras questões que possam aparecer, facilitando e agilizando a evolução. Conheça a High Therapy,  essa é a melhor e mais rápida forma de tratamento para quem não aguenta mais sofrer.

Duração do Tratamento

A duração do tratamento varia bastante, de acordo com o tipo de terapia usada e a gravidade do caso.

A abordagem mais demorada é a Psicanálise, podendo levar anos pra resolver, mas o indicado mesmo é Terapia Cognitivo-comportamental, Gestalt, Sistêmica ou outras linhas humanistas.

Quando o tratamento é por TCC, a evolução média leva de 6 meses até 1 ano. Já se mesclar com reprogramação mental, de 2 a 6 meses é o tempo que a maioria das pessoas ficam em terapia.

 
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