“Será que consigo ser hipnotizado?”
Eis uma pergunta que ouço diariamente, tanto na rua, quanto no consultório. A hipnose favorece e facilita muito o processo psicoterapêutico e eu, como gosto de terapias breves, sempre a recomendo se for bem aplicável ao caso.
Respondendo à pergunta: Sim! As pessoas que querem podem ser sim hipnotizadas, desde que elas se permitam. Algumas até querem ser hipnotizadas, mas por algum medo ou por desafiarem o psicoterapeuta, não se permitem.
O estado de transe (estar hipnotizado) é uma capacidade natural das pessoas (salva-se alguns distúrbios psicológicos e sequelas neurológicas), tanto que, somos hipnotizados todos os dias. Por exemplo: aquele percurso que você fez para o trabalho ou outro local, e só percebeu quando chegou, isso é um estado de transe hipnótico. Esse tipo de transe não é formal.
Já o transe formal, é aquele induzido pelo hipnoterapeuta através de um relaxamento progressivo, de um movimento físico ou dos dois.
Geralmente, as pessoas que vem ao consultório na busca de hipnoterapia já são hipnotizáveis simplesmente por quererem o processo de mudança.
Costumo dizer que: “quanto maior o sofrimento, maior a facilidade de hipnotizar e promover mudanças”. Por exemplo, se uma pessoa chega ao consultório com ideação suicida, já sei que basta perguntar se ela quer se livrar do sofrimento para que entre em transe. Nesse caso, peço que feche os olhos e inicio o processo de reprogramação mental. Realmente simples!
Quando a hipnose é utilizada por diversão, basta a pessoa querer passar por aquela experiência que o processo costuma acontecer. Algumas pessoas podem ver coisas, outras sentir e tem até aquelas que comem uma cebola por uma maçã, mas essa capacidade varia de pessoa para pessoa.